Sobre a missão
Em fevereiro de 2025, o governo do Estado realiza missão oficial, liderada pelo governador Eduardo Leite, na Suécia e nos Países Baixos. A agenda contempla compromissos com foco em dois temas centrais: inovação e resiliência climática. A comitiva gaúcha visitará Estocolmo e região, na Suécia, e cidades como Haia, Roterdã e Nijmegen, nos Países Baixos.
No dia 20, a comitiva participa, em Estocolmo, do maior evento de tecnologia dos países nórdicos: o Techarena 2025, evento que reúne lideranças de mais de 120 nações para discutir inovação e desenvolvimento sustentável. A participação do governo gaúcho no Techarena é uma oportunidade para apresentar o Estado como um destino de investimentos em tecnologia e inovação a investidores e lideranças empresariais.
Entre 21 e 26 de fevereiro, a missão se concentra nos Países Baixos, com o objetivo de conhecer as melhores práticas mundiais em prevenção e gestão de enchentes, área na qual o país é referência. O governo busca inspirações e soluções práticas para fortalecer seus sistemas de proteção contra cheias, com base nas estratégias bem-sucedidas implementadas nos Países Baixos.
A nação europeia, que já enfrentou sérios danos causados por inundações, desenvolveu soluções inovadoras de gestão da água para combater a constante ameaça de desastres naturais. Os Países Baixos aplicaram a ciência hidráulica para construir um sistema considerado modelo para todo o mundo.
A comitiva se reunirá com pesquisadores, empresários, instituições e órgãos governamentais neerlandeses. Estão previstas conversas com autoridades de gestão hídrica e arquitetura urbana resiliente, além de uma mesa redonda com pequenas e médias empresas sobre soluções para inundações. O grupo também conhecerá diversos projetos e sistemas de defesa.
Entre os projetos a serem visitados, destacam-se o Motor de Areia, uma intervenção na praia contra o aumento do nível do mar; o Room for the river – “Espaço para o rio”, em tradução livre –, em Nijmegen; o Afsluitdijk, um dique de contenção de 32 quilômetros; as obras do Projeto Delta, que envolvem 13 barreiras para controlar a entrada de água e preservar grandes áreas sujeitas a inundações; além de barreiras em Kampen e locais com proteções modulares e temporárias contra enchentes.
A agenda inclui também visitas à Universidade Técnica de Delft, uma das melhores instituições do mundo na área de engenharia e tecnologia, para conhecer projetos de resiliência urbana; a Deltares, um importante instituto tecnológico especializado em pesquisa e consultoria em engenharia hidráulica e gestão de água, incluindo estudos sobre proteção contra inundações; e ao Museu das Inundações, em Ouwerkerk, que preserva a memória das cheias de 1953, as maiores da história neerlandesa. Haverá, ainda, reunião com autoridades do município de Roterdã, referência mundial em resiliência.
Desde a severa enchente de maio de 2024, especialistas dos Países Baixos estão cooperando com o Rio Grande do Sul. O Estado recebeu uma missão técnica, em junho do ano passado, que levantou informações e discutiu possíveis modelos de ação conjunta. Além disso, o embaixador do Reino dos Países Baixos, André Driessen, reuniu-se, algumas vezes, com Leite para tratar do sistema anticheias gaúcho.
Para o governo do Estado, a parceria com os Países Baixos é fundamental para a implementação de soluções mais ágeis e eficazes. A colaboração tem sido essencial para entender como aprimorar os sistemas de proteção existentes e desenvolver novos projetos que atendam às necessidades do Rio Grande do Sul.
Países Baixos
Por solicitação oficial do governo neerlandês, utilizamos a denominação "Países Baixos" em vez de "Holanda". Embora "Holanda" seja comumente utilizada, ela se refere historicamente apenas a duas das doze províncias do país (Holanda do Norte e Holanda do Sul). "Países Baixos" é o nome oficial do país em sua totalidade.